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O chef português Cristóvão Laruça está no Brasil há 17 anos. Veio com
a missão de conduzir um projeto e acabou ficando por aqui. Depois de
temporadas na Bahia e em Goiás, ele acabou se estabelecendo em Belo
Horizonte, onde possui atualmente 4 casas com conceitos bem distintos: o
Caravela, especializado na tradicional gastronomia portuguesa, o Capitão Leitão, com foco no leitão à bairrada, eleito uma das 7 maravilhas da culinária portuguesa, o Beco,
no Mercado da Boca de Santa Tereza, com destaque para a comida de rua e
nas experimentações a partir das pesquisas e viagens elaboradas pelo
chef. A novidade agora é a chegada do Turi, trazendo para a capital mineira um novo estilo inspirado no conceito da cozinha primitiva.
No mais novo endereço, todo o processo de cocção dos alimentos é
feito diretamente no calor do fogo, com brasas produzidas a partir da
lenha. Daí o nome: Turi significa fogo em tupi, uma homenagem aos povos
originais. Mas também não é qualquer fogo. Trata-se de um restaurante
100% analógico. Possivelmente o 1º no Brasil com esta proposta. No Turi,
não há carvão, fogão a gás, micro-ondas, fritadeira ou qualquer
equipamento elétrico comumente utilizado para acelerar processo de
cozimento. Todas as etapas de preparo dos pratos são realizadas no calor
da brasa, que são produzidas dentro de uma fornalha própria, construída
no local. Acompanhando a cozinha, completamente aberta, um enorme
balcão, de onde é possível acompanhar todo o processo de preparo dos
pratos, enquanto o olhar vai sendo hipnotizado pela presença marcante do
fogo e pelas transformações que ele vai provocando nos alimentos.
O projeto do Turi segue uma linha contemporânea de cozinha autoral,
com foco nos ingredientes. O objetivo é demonstrar que a presença do
fogo é capaz de conferir um sabor único aos alimentos, provocando os
sentidos dos comensais. Desta forma, todos os pratos (desde as entradas
até as sobremesas) são produzidos a partir de técnicas que exploram o
calor da brasa. Para a criação do cardápio, Cristóvão se encarregou de
fazer uma curadoria focada especialmente nos ingredientes, que são os
grandes protagonistas de sua cozinha. Isso contribuiu para ressignificar
a própria gastronomia de Laruça. “Como venho de uma culinária típica
portuguesa, a criação do Turi, aliada à minha experiência no Brasil, me
possibilitou investir na descoberta dos ingredientes típicos
brasileiros, que, além de encantadores, são extremamente versáteis,
ricos e muito saborosos”, destaca o chef. Por conta disso, a
gastronomia do Turi aposta nos ingredientes sazonais, garantindo que o
que está no prato é o alimento da época, produzido da forma mais
sustentável possível, garantindo todos os nutrientes de forma integral.
“É muito desafiador trabalhar dentro desse conceito de sazonalidade, mas
também é muito enriquecedor para um profissional da cozinha encarar a
responsabilidade de produzir algo autoral com o que a natureza nos
oferece”, acrescenta.