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Na comunidade de Francisco Sá, município de Carlos Chagas – um dos seis que integram a Rota Bahia-Minas -, a professora Giovana Amorim, de 57 anos, decidiu apostar em uma herança familiar, aliada ao turismo de base comunitária, para empreender. Ao lado do marido, Leonardo Schuffner, e do filho Artur, investiu na “Rocinha Pouso e Café” como fonte de renda, valorização da cultura e da gastronomia regional e resgate de memórias familiares.
Giovana é neta de José Joaquim de Amorim, construtor responsável pela Ferrovia Bahia-Minas, desativada em 1966 em função dos custos de manutenção e a crescente concorrência do transporte rodoviário. A ferrovia ligava Araçuaí (MG) a Caravelas (BA) e era utilizada, principalmente, para transportar produtos agrícolas, como madeira e café.
O negócio começou a ganhar forma quando ela se aposentou das salas de aula, em Teófilo Otoni, onde lecionava Língua Portuguesa para estudantes do Ensino Fundamental. O período coincidiu com o isolamento domiciliar em decorrência da pandemia da Covid-19, o que motivou a empreendedora a voltar para a comunidade de Francisco Sá para se proteger da doença.
“Entramos para o grupo deempreendimentos que estão na rota em um momento inesperado. Soube de um curso que seria ministrado pelo Sebrae Minas, voltado para interessados em investir no destino. Participei por curiosidade e, pouco tempo depois, comecei a receber hóspedes na minha casa. Como tínhamos uma outra casa desocupada em nossa propriedade, resolvemos investir neste espaço acreditando nos incentivos que recebemos durante a capacitação”, conta.
Inspiração para gerar desenvolvimento
A história de Giovana pode ser comparada à letra da canção “Poxichá”*, do cantor e compositor mineiro Marcílio Menezes – que lançou o álbum Bahia-Minas em 2022. “A música tem um trecho que diz: ‘avisa lá em casa que um dia eu volto’. Percebo que este trabalho realizado pelo Sebrae Minas foi responsável por motivar estas pessoas que vivem nas comunidades por onde passa a rota”, destaca Giovana.
Na “Rocinha Pouso e Café”, além das histórias que são compartilhadas pela família, o turista tem a opção de hospedagem ou parada para saborear a gastronomia da região. A experiência começa no quintal da casa de Giovana, onde ela chega carregando nos braços uma bandeja de empadinhas de frango. “A receita é seguida à risca em nossa família. Minha avó preparava, e minha mãe vendia para os passageiros do trem. Hoje, eu mantenho a tradição servindo para os turistas”, frisa.
Segundo ela, no último ano, cerca de 100 turistas passaram pelo receptivo. A família segue investindo na divulgação do empreendimento nas redes sociais, participando de capacitações, principalmente, na área de atendimento ao cliente, para ampliar a visibilidade e tornar a experiência ainda mais autêntica. “Nosso sonho é ver a rota com a governança plena. Quanto mais pessoas conhecerem e visitarem este destino, maiores serão nossas possibilidades de seguir investindo no nosso empreendimento e de outras pessoas fazerem o mesmo”, reforça.
Prêmio Braztoa de Sustentabilidade
A Rota Bahia-Minas é finalista na 13ª edição do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade – ação apoiada pela Embratur e que celebra as melhores práticas de turismo voltadas à inovação, responsabilidade social e ao desenvolvimento sustentável. A iniciativa concorre na categoria “Comunidades Locais”, criada para valorizar projetos que promovem o desenvolvimento sustentável das comunidades por meio do turismo, respeitando e valorizando suas culturas, modos de vida e o desenvolvimento socioeconômico local. A premiação será realizada no contexto da COP-30, em Belém (PA), no dia 8 de dezembro.
A Rota Bahia-Minas
A reativação do trecho da Rota Bahia-Minas começou em 2018, quando o Sebrae Minas apresentou um projeto de desenvolvimento regional para unir municípios dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Por meio do programa ‘Check-in Turismo’ foram realizadas ações para a qualificação de empreendedores da região, para que pudessem oferecer melhores experiência aos turistas, atrair novos visitantes e gerar emprego e renda para as cidades.
Os 350 km entre as cidades de Araçuaí, Novo Cruzeiro, Ladainha, Poté, Teófilo Otoni e Carlos Chagas podem ser percorridos por meio de caminhada, pedal, moto ou carro. O percurso reúne edificações históricas, como vilas, capelas, igrejas, estações e fazendas. A maior parte delas ainda está de pé, bem como dezenas de casas erguidas para os funcionários da antiga ferrovia. O caminho também tem diversos pontilhões de ferro fundido, hoje adaptados para o tráfego de automóveis ou abandonados, mas mantendo muitas das suas características únicas, além de túneis centenários, riachos, lagoas, cachoeiras, e grandes formações rochosas, resultantes de milhões anos de ação da natureza.
*Poxichá é o nome da última locomotiva Maria Fumaça a percorrer os trilhos na Bahia-Minas.
Conheça mais sobre o negócio de Giovana Amorim em @rocinha_pousoecafe
Informações sobre a Rota Baia-Minas: www.rotabahiaminas.com.br
Agendamento para receptivo: (33) 99985-2687
Regional Jequitinhonha e Mucuri – samuel.stark@sebraemg.com.br
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