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A
cultura japonesa está cada vez mais presente no Brasil, influenciando jovens e
adultos em diversos aspectos do cotidiano. Animes e mangás, estética kawaii,
música J-Pop e J-Rock, e elementos tradicionais como festivais e artes
marciais, além da maravilhosa gastronomia, estão se tornando parte integrante
da vida dos brasileiros. A tecnologia japonesa, moda streetwear e cultura pop
também ganham destaque, assim como a apreciação pela arte Ukiyo-e e arquitetura
paisagística do Japão, indicando uma crescente incorporação da cultura japonesa
no Brasil.
A
décima primeira edição do Festival do Japão em Minas já está sendo preparada e
terá como tema central em 2024 as “Wagasas”, as conhecidas sombrinhas
japonesas, que são um dos principais símbolos da cultura tradicional do país,
unindo charme, simplicidade e tradição artesanal. Destaca-se também a função
essencial do bambu em sua estruturação e em toda a decoração do evento.
O
bambu é um símbolo multifacetado na cultura japonesa, representando o respeito
pela ancestralidade e a evolução espiritual. Sua natureza resiliente é evidente
na demora de até cinco anos para produzir os primeiros brotos antes de
germinar, simbolizando a paciência e a perseverança. Presente em santuários e
templos, ele é usado em objetos decorativos e fontes de água nos jardins
japoneses, proporcionando uma atmosfera de serenidade e meditação aos
visitantes. É muito flexível, sendo utilizado desde a arquitetura até a
fabricação de diversos produtos. A observação cuidadosa revelou que o bambu
emite uma suave melodia quando o vento passa por seus orifícios, inspirando o
desenvolvimento de instrumentos musicais de sopro, como a Shakuhachi. Além
disso, na cultura do Japão, há uma antiga crença de que o bambu é habitado por
deuses, conferindo-lhe poder de transformação energética e vitalidade.
Em
relação às Wagasas, além de sua diversidade estética, é importante destacar sua
função prática na cultura japonesa, de proteção contra as condições climáticas
adversas, como chuva e, principalmente, sol excessivo. Dentre os seus tipos
mais conhecidos, encontramos as Bangasas, mais tradicionais, caracterizadas por
suas estruturas mais robustas e com pouca decoração, o que as torna atraentes
pela sua simplicidade; as Janomegasas, reconhecidas por uma beleza refinada,
possuindo estruturas mais finas e decoradas, internamente, com cordões coloridos
e delicados; as Maigasas, que são as sombrinhas translúcidas, normalmente
feitas em tecidos e utilizadas em danças tradicionais e no teatro kabuki; as
Nodategasas, graciosas em suas tramas e estrutura colorida usadas,
principalmente, como decoração durante as cerimônias do chá em ambientes
externos, casamentos e templos, sendo identificadas por seu maior porte e
bordas curvadas para dentro. São
denominadas de Higasas as sombrinhas industrializadas dedicadas ao Sol e chuva
que têm dupla funcionalidade. Ao longo do tempo, com o aumento da temperatura
medido no Japão, os Higasas começaram a ser difundidos, independentemente do
gênero, surgindo até o termo: Higasa-danshi (garoto do guarda-sol)