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A confeitaria, tradicionalmente vista como um hobby, tem se
consolidado como uma carreira promissora no Brasil. Com o aumento da
demanda por produtos artesanais e personalizados, muitos entusiastas
estão transformando sua paixão em negócios lucrativos.
De acordo com dados do Sebrae, o mercado de panificação e confeitaria
faturou R$ 105,85 bilhões em 2021, representando um crescimento de
15,3% em relação a 2020. Esse cenário favorável tem impulsionado a busca
por cursos profissionalizantes na área. Além disso, uma pesquisa
recente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e
Confeitaria (ABIP) revelou que as vendas de alimentos específicos para
as festas de Natal e Ano Novo podem crescer até 40% em relação ao
restante do ano. Esse crescimento é impulsionado tanto pelos grandes
players do mercado quanto pelos pequenos empreendedores, que enxergam
nas festas de fim de ano uma oportunidade para aumentar a renda ou até
mesmo começar um novo negócio.
O Instituto Gourmet, referência em formação gastronômica, observa um
aumento significativo na procura por seus cursos de confeitaria. “Nos
últimos anos, percebemos um crescimento de 30% na matrícula de alunos
interessados em profissionalizar suas habilidades na confeitaria. Desde
outubro, registramos um aumento de 55% na procura por cursos de
gastronomia, especialmente nas áreas de panificação e confeitaria, para
atender à demanda sazonal das festas de fim de ano,” afirma Glaucio
Athayde, CEO do Instituto Gourmet.
A formação profissional oferecida pelo Instituto Gourmet vai além das receitas caseiras, abrangendo desde a elaboração de massas e recheios até a gestão de negócios. Além disso, a instituição oferece uma estrutura diferenciada, com cozinhas que imitam o ambiente doméstico, auxiliando os alunos a replicarem as receitas em suas próprias casas. “Muitas pessoas têm se inscrito em cursos de panetone e confeitaria para aproveitar a demanda sazonal, especialmente novos empreendedores que estão apostando nas vendas para o Natal e Ano Novo”, complementa Athayde.
O final de ano é especialmente favorável para a confeitaria. Produtos
como panetones trufados, recheados com brigadeiro, doce de leite e
sabores inovadores, como café e pistache, estão entre as tendências mais
procuradas. Na confeitaria, os doces decorados com temas natalinos,
biscoitos amanteigados com glacê e cupcakes personalizados lideram as
vendas. “O público está buscando cada vez mais opções criativas e
artesanais, que se destaquem pela qualidade e exclusividade,” aponta
Athayde.
A internet também tem sido uma grande aliada para esses
profissionais, sejam eles MEIs ou autônomos, facilitando a divulgação e
comercialização dos produtos caseiros por meio das redes sociais e
plataformas de e-commerce. “A presença digital permite que os
profissionais divulguem seus produtos de forma mais ampla e atinjam um
público maior, especialmente em épocas festivas, quando as pessoas estão
mais atentas às novidades,” ressalta o CEO do Instituto Gourmet.
O mercado de trabalho para confeiteiros é promissor. Em São Paulo, há
48.599 empresas ativas no setor; no Rio de Janeiro, 29.396; em
Brasília, 13.087; e no Espírito Santo, 1.934. O salário médio de um
confeiteiro no Brasil é de R$ 1.964,54 para uma jornada de 44 horas
semanais. Estados como Bahia e Ceará também vêm apresentando um
crescimento significativo, especialmente em produtos que respeitam a
regionalidade.
Com a crescente valorização dos produtos artesanais e a busca por experiências gastronômicas diferenciadas, a confeitaria se apresenta como uma carreira não apenas apaixonante, mas também rentável. Investir em formação profissional é o primeiro passo para transformar talento em sucesso no mercado.
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