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A história dos vinhos no Uruguai remonta há séculos atrás, com influências dos espanhóis, que representavam a maioria da população do país. No entanto, foi somente no final do século 19 que o Uruguai começou a ganhar sua identidade própria no universo dos vinhos. Foi nessa época que Pascual Harriague plantou as primeiras vinícolas de Tannat na região de Salto, na costa oeste do país.
Originária do sul da França, a uva Tannat é conhecida pelo seu alto teor de taninos, o que permite a produção de vinhos poderosos e com grande poder de guarda. Assim como a Malbec é associada à Argentina e a Carmenere ao Chile, a Tannat se tornou a "uva do Uruguai", chegando a ser conhecida como "Harriague" durante muitos anos devido à importância deste viticultor na história da produção de vinhos uruguaios.
Em visita ao Brasil, Mariana Varela, representante da quarta geração na vinícola Varela Zarranz, umas das mais tradicionais do Uruguai, falou um pouco sobre a história da vinícola e sobre os rótulos que o público brasileiro tem acesso. A produtora esteve em solo nacional a convite da MMV Importadora, que reconhecendo a qualidade dos vinhos uruguaios, tem em seu portfólio uma série de rótulos da vinícola Varela Zarranz, com mais de 130 anos de história.
“Nós preservamos elementos patrimoniais da vitivinicultura uruguaia, mantendo uma perfeita harmonia entre tradição e novas técnicas de produção. Com mais de cem hectares de plantação, cultivam-se diversas uvas, incluindo a emblemática Tannat, citada anteriormente, além de Cabernet Sauvignon, que é cultivada desde o final do século 19, Cabernet Franc, Merlot e uvas brancas como Chardonnay, Sauvignon Blanc, Viognier e, de forma exclusiva, Muscat Petit Grain”, explica Mariana Varela.
“Os vinhos uruguaios, em especial os produzidos com a uva Tannat, vêm ganhando destaque internacionalmente, conquistando admiradores em todo o mundo. A vinícola Varela Zarranz, com sua tradição e cuidado na produção, se destaca como uma das grandes representantes dessa vitivinicultura única e cativante. A combinação perfeita entre a riqueza dos vinhedos uruguaios e a paixão dos produtores resulta em vinhos de alta qualidade, capazes de encantar paladares exigentes e transmitir a essência dessa terra encantadora”, conta Jonas Martins, gerente comercial da MMV.
O Varela Zarranz Open Cellar Tannat, safra 2018, possui um teor alcoólico de 14,1% e passa por uma elaboração cuidadosa. A colheita é realizada manualmente e a fermentação ocorre em barris de carvalho americano e francês de primeiro uso, com a uva indo direto para os barris no processo de fermentação, o que confere uma característica integral ao vinho.
Um fato interessante é que a origem do barril também traz particularidades especiais. Barris americanos trazem notas mais brancas, como baunilha, manteiga, coco, enquanto o barril francês, notas de tabaco, café, chocolate. Após a prensa, o vinho retorna para barris de carvalho novos e envelhece por 12 meses. Sua cor vermelho rubi com matiz violácea revela um nariz repleto de aromas de frutas passas, como figo, cereja preta, ameixa, cassis, com um toque de chocolate ao leite e meio amargo. Em boca, apresenta muito corpo e estrutura, com taninos redondos e acidez marcante, indicando um grande potencial de guarda. Recomenda-se decantar antes de degustá-lo.
O Varela Zarranz Roble Tannat, safra 2019, possui um teor alcoólico de 13,5% e passa por um processo de fermentação tradicional que dura 10 dias. A fermentação malolática ocorre nos barris de maneira espontânea, e o vinho envelhece por 10 meses em barris de carvalho francês e americano. Com uma cor vermelho granada intenso, esse Tannat surpreende em todos os sentidos. Os aromas de frutas escuras maduras e em compotas, como ameixa, mirtilo e cereja preta, se misturam com notas de tosta e baunilha. Em boca, é um Tannat robusto, com acidez e taninos elevados e marcantes.
Por fim, o Varela Zarranz Reserva Tannat, safra 2019, é produzido com uvas de vinhedos antigos colhidas manualmente. A fermentação ocorre com leveduras selecionadas por 15 dias, seguida pela malolática em barris. O vinho é então envelhecido por 6 meses em barris de carvalho francês de primeiro uso premium e por mais 10 meses em garrafas. Apresenta uma cor vermelho rubi com matiz violácea. Seu aroma é complexo e completo, com a presença de frutas maduras como cereja, ameixa, groselha, mirtilo, jabuticaba e cassis, combinadas com notas ricas e sutis de madeira, como nozes e manteiga. Em boca, os taninos são maduros e o vinho mostra um frescor pungente, revelando-se um grande exemplar de Tannat.
“Estamos tão perto do Uruguai e muitas vezes não fazemos ideia de como esse país tem uma produção particular de rótulos, já que nas últimas décadas, muito foco foi dado para os Malbec argentinos e sua complexidade ou os Carmenere chilenos, que são mais fáceis ao paladar. Agora, temos que dar uma atenção especial aos Tannat", reforça Martins.
Fonte: imprensa@
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