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De acordo com a Embrapa, o consumo per capita de leite e derivados atingiu seu ápice em 20 anos. Em 2024, o consumo de leite no brasil registrou 189 litros/hab, quase 70% do registrado em 2004, de 131 litros/hab. Esse é um sinal de que o leite está cada vez mais presente na dieta e na mesa do brasileiro. Porém, apesar disso, crescem dúvidas acerca do consumo do alimento, a ponto de ter se popularizado o questionamento de o leite ser, ou não, inflamatório.
Alimentos inflamatórios são aqueles que podem desencadear ou piorar processos inflamatórios no corpo, deixando-o mais sensível para desenvolver desequilíbrios no organismo. A nutricionista Carolina Nobre, que atua no centro clínico Órion Complex, em Goiânia, acredita que a dúvida sobre o leite ser inflamatório surgiu após sensacionalismos nas redes sociais.
“Muitas vezes, encontramos pessoas produzindo conteúdo rápido e superficial, que é o que mais vende e chama atenção na internet. A exemplo disso, a pessoa coloca a chamada de o leite ser inflamatório, e não aprofunda muito o conteúdo. Na verdade, o que existe são particularidades de cada organismo, e essas afirmações generalistas só colaboram para a desinformação”, explica a nutricionista.
Segundo Carolina Nobre, os efeitos do leite no organismo vai depender muito da individualidade de cada pessoa. “É um equívoco a gente atribuir o poder de inflamar ou não a um único alimento, enquanto, na verdade, a gente tem que olhar para o contexto da alimentação. Uma pessoa que tem em sua rotina o hábito de comer muitos alimentos industrializados, embutidos, e cheios de conservantes, cria um contexto propício para essa inflamação do corpo. O leite, de modo isolado, dificilmente criaria esse contexto”, explica a doutora.