terça-feira, 16 de setembro de 2025

Melhores queijos do mundo: Paraná conquista dois ouros no Mundial da França

 

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Os queijos produzidos no interior do Paraná ganharam holofotes internacionais no último domingo (14), ao conquistar quatro medalhas — duas de ouro e duas de prata — no primeiro dia do Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, um dos concursos mais prestigiados da gastronomia mundial, realizado em Tours, na França.

Entre mais de 1.900 concorrentes de 26 países, sendo 300 brasileiros, os queijos do Projeto de Queijos Finos do Biopark Educação, sediado em Toledo (PR), brilharam. O destaque foi para o Abapuru, criado especialmente para a competição, e o Passionata, já consagrado como o 9º melhor queijo do mundo em 2024 — ambos levaram medalha de ouro. Os clássicos Saint Marcelin, considerado em 2023 como um dos dez melhores do Brasil e Brie Triplo Creme também subiram ao pódio com medalhas de prata. Os três últimos já são comercializados pela queijaria Flor da Terra.

Ao longo do concurso, os produtos foram avaliados por um corpo internacional de jurados e cada laticínio recebeu uma nota. Aqueles que fizeram mais de 90 pontos receberam medalhas de ouro. Os produtos que fizeram entre 85 e 90 pontos foram premiados com medalha de prata, e lacticínios com mais de 80 pontos ficaram com o bronze.

Para Carmen Donaduzzi, idealizadora do projeto e fundadora do Biopark, a premiação confirma uma aposta visionária. “O projeto nasceu do desejo de fortalecer a região Oeste do Paraná. Nossa bacia leiteira é expressiva, e formar produtores capazes de transformar leite em produtos de alto valor agregado, como os queijos finos, é um passo estratégico para o desenvolvimento regional e para fomentar o turismo gastronômico”, afirma.

Criado há seis anos, o projeto conta com quase 100 variedades de queijos em desenvolvimento, e 29 produtores rurais associados ao projeto. “Adaptamos os queijos europeus à realidade brasileira, respeitando o gosto local e os ingredientes nacionais”, explica o pesquisador Kennidy Bortoli. O suporte inclui análise do leite, técnicas de maturação e estratégias de comercialização.

Carmen ressalta ainda que a conquista do Biopark Educação vai além do sabor: revela o potencial do Brasil — especialmente do interior do Paraná — de competir em pé de igualdade com as grandes escolas queijeiras do mundo. “Mais do que medalhas, esses queijos trazem reconhecimento internacional à vocação agroalimentar brasileira, com sofisticação, terroir e identidade própria”, comemora.

Queijos premiados:

O queijo Abaporu, premiado com ouro, tem um tipo de massa mole de leite de vaca com casca lavada e maturação entre 14 e 30 dias, e se destacou pelos aromas de fava tonka (mistura complexa e adocicada de baunilha, amêndoa, caramelo e especiarias como canela e cravo, com toques amadeirados, balsâmicos). Já o Passionata, também premiado com ouro, tem de massa semicozida de leite de vaca, maturado de 30 dias a três meses e com notas de maracujá, também foi agraciado com ouro.

O Petit Brie Triplo Creme, que ficou com a prata, é um queijo de massa mole com casca florida, e o Saint Marcelin, que também levou prata, tem maturação entre 14 e 30 dias.

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