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Nos últimos anos, o consumidor brasileiro passou a olhar com outros olhos para os produtos artesanais. O que antes era sinônimo apenas de tradição familiar hoje se tornou símbolo de qualidade, transparência e propósito, impulsionado pela valorização da origem dos alimentos e por políticas públicas que permitem que o artesanal seja também legal e rastreável.
Nesse novo cenário, a licença do Serviço de Inspeção Federal (SIF), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), principal mecanismo de controle de qualidade e segurança sanitária para produtos de origem animal no país; e o Selo Arte, criado pela Lei nº 13.680/2018 e regulamentado em 2019, surgiu para dar visibilidade e liberdade comercial à produção artesanal de alimentos de origem animal; se tornaram protagonistas, aproximando tradição e segurança alimentar. No setor de embutidos, especialmente o de linguiças, essa transformação é visível: cresce o número de produtores que unem receitas clássicas, técnicas industriais e responsabilidade socioambiental.
Um dos nomes à frente desse movimento é Paulo Duque, consultor na área frigorífica e CEO do Rei da Linguiça desde 2001, marca que nasceu em 1966 com o propósito de resgatar o verdadeiro sabor da produção artesanal sem abrir mão de processos rigorosos de controle e sustentabilidade. “A linguiça artesanal não é feita de improviso. É resultado de técnica, respeito ao alimento e compromisso com quem os consome”, afirma Duque.
A base da produção artesanal continua sendo a mesma: carne selecionada, temperos naturais e processos manuais. Mas a tecnologia hoje é aliada fundamental. Equipamentos de precisão, controle de temperatura e análise microbiológica ajudam a garantir que cada lote mantenha o padrão de qualidade e segurança.
A qualidade da linguiça precisa começar muito antes da mistura dos ingredientes, é necessário trabalhar com fornecedores que sigam padrões de bem-estar animal e rastreabilidade, garantindo que toda a cadeia de produção seja sustentável e ética. Esse cuidado também se estende ao meio ambiente: é necessário adotar medidas para reduzir o consumo de água e energia, além de tratar adequadamente resíduos e subprodutos. “Produzir bem significa pensar em todo o ciclo: da origem da carne até o descarte final. Responsabilidade deve ser parte do processo do início ao fim”, destaca o Paulo Duque.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o consumo de produtos artesanais e de origem controlada cresce, em média, 12% ao ano no país, impulsionado pela busca por alimentos autênticos, seguros e com história. “O consumidor de hoje quer mais do que sabor. Ele quer confiança. Quer saber quem está por trás da marca, de onde vem o alimento e como ele foi produzido”, ressalta o consultor.
A valorização da produção artesanal mostra que o setor de alimentos pode unir escala, qualidade e propósito. Com investimento em boas práticas e comunicação transparente, marcas ajudam a elevar o padrão da categoria e a transformar o artesanal em sinônimo de excelência.

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