quinta-feira, 24 de abril de 2025

Desacelerar para viver melhor: brasileiros redescobrem o valor do tempo à mesa

 

 VISITE O NOSSO INSTAGRAM: https://ww.instagram.com/cervanacaneca   

Em uma sociedade cada vez mais acelerada, parar para comer com calma virou um verdadeiro ato de resistência. Uma pesquisa recente da Kantar, divulgada em 2024, mostra que 67% dos brasileiros afirmam buscar uma alimentação mais consciente — e isso vai muito além do que está no prato. Trata-se de um desejo crescente de retomar o controle do próprio tempo, valorizando momentos simples como sentar à mesa com a família, cozinhar em casa ou saborear uma refeição sem pressa.

Esse novo olhar para a relação com a comida tem nome: slow food. Criado na Itália como resposta à cultura do fast food, o movimento tem conquistado cada vez mais espaço no Brasil, especialmente entre pessoas que desejam desacelerar e reconectar-se com hábitos mais saudáveis e afetivos. É o retorno ao básico, ao que é feito com carinho, ao prazer de cozinhar junto, de ouvir histórias durante o jantar, de transformar a refeição em um ritual.

“O slow food fala sobre o tempo e o vínculo. Comer bem não é só sobre nutrição — é sobre presença, memória e afeto”, afirma Gabriel Alberti, fundador da rede de culinária italiana Itália no Box. Embora tenha criado uma marca voltada para a conveniência, ele explica que o compromisso com a autenticidade e o preparo cuidadoso é inegociável: “É possível ser prático sem abrir mão do sabor de verdade e da comida com alma”. Para ele, mesmo no dia a dia corrido das cidades, é possível incorporar esses valores com escolhas mais conscientes: “A comida de verdade, feita com respeito ao ingrediente e às pessoas, sempre toca quem está do outro lado do balcão.”

Esse movimento também dialoga com outras transformações de comportamento. A busca por saúde emocional, por mais qualidade de vida e por rotinas menos exaustivas tem levado muitas pessoas a repensarem seus hábitos à mesa. Trocar a pressa por pausas, o celular por conversas, o excesso por equilíbrio.

A própria estrutura de restaurantes e marcas tem mudado para atender esse público que não quer só comer — quer viver a gastronomia. Menus enxutos, feitos na hora, opções artesanais e ambientes mais acolhedores são cada vez mais comuns. Até mesmo no delivery, a busca por refeições com cara de “feito em casa” vem ganhando espaço.

Em um mundo em que tudo acontece em velocidade acelerada, o ato de comer com calma tornou-se mais do que uma escolha gastronômica — é uma forma de autocuidado e de se reconectar com o que realmente importa.

luckyassessoria.com.br


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário