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No dia 1º de abril, acontece a 16ª edição da Confece – a já tradicional Festa da Confraria Feminina de Cerveja – que também celebra seus 16 anos. O evento será realizado a partir das 15h no Espaço Província, no Jd. Canadá.
Comandada por dez mulheres – Ingrid Paulsen, Ludmilla Fonttainha, Clarissa Mendes, Lígia de Matos, Luisane Vieira, Watylla Vargas, Viviane Bastos, Juliana Pimenta, Graziela Sarreiro e Jaqueline Oliveira –, a Confraria se reuniu pela primeira vez em 2007 para um bate papo sobre cerveja e hoje é referência no mercado quando o assunto é a bebida.
“Há 16 anos nos dedicamos e estudamos o mercado como ninguém. Nosso papel é resgatar e fortalecer a mulher no mundo da cerveja, afirmando um lugar que sempre foi nosso,” comenta Ludmilla Fonttainha, uma das confreiras.
O grupo promove a cultura cervejeira por meio da participação em eventos, da realização de análises e harmonizações especiais, da divulgação de notícias, entre outras ações. Para isso, realizam encontros mensais com temas previamente definidos, para um estudo aprofundado sobre a cultura, estilos, ingredientes e processos de produção da cerveja.
Um dos temas amplamente discutidos recentemente é a produção do lúpulo no Brasil, que vem crescendo nos últimos tempos.
O lúpulo brasileiro
Até pouco tempo, lúpulo era produto de exportação no Brasil. Havia uma cultura de que não era possível produzi-lo aqui no país porque só podia ser cultivado em regiões de clima mais frio. Mas, esse cenário mudou! Atualmente, várias plantações estão se desenvolvendo em território nacional: um marco na história do mercado cervejeiro brasileiro.
Dados da APROLÚPULO – Associação fundada em 2018 para organizar o desenvolvimento da cadeia de produção de lúpulo no Brasil - mostram que é um mercado em expansão: no ano de 2021, eram 62.886 hectares plantados (+0,8%), o 8º ano seguido de crescimento da área plantada e 130.803 milhões de toneladas produzidos: +7,2%.
Já no ano passado, o Brasil acumulou 81 produtores de lúpulo: +35% em relação a 2021; 48,5 hectares cultivados, +62% em relação a 2021; e 29 toneladas produzidas, +61% em relação a 2021.
O país também teve importantes avanços conquistados como mecanização nos processos de produção e beneficiamento; variedades adaptadas a diferentes regiões do país; manejo com alto grau de tecnificação; capacidade de beneficiamento em alto padrão de qualidade; acordos comerciais de venda antecipada; desenvolvimento de cultivares nacionais em curso; e muitas cervejarias já utilizando lúpulo nacional.
“É um ganho enorme para nossa cerveja. Produzindo lúpulo aqui, conseguimos produtos muito mais frescos em relação aos importados, uma qualidade equivalente e até superior aos padrões internacionais e um potencial enorme de crescimento graças à elevada expertise nacional na produção agrícola”, explica Jaqueline Oliveira, uma das confreiras.
Além disso, segundo Jaqueline, o lúpulo brasileiro também traz proteção frente a variações cambiais que impactam fortemente os produtos importados, fortalecimento da cadeia nacional da cerveja como expoente internacional e condições de processamento do lúpulo nacional avançando rapidamente.
A principal diferença do lúpulo nacional para o importado é o frescor. Hoje, poderemos ter duas ou três safras no mesmo ano, o que não acontece nos outros países produtores – destaque para o terroir de cada região brasileira com características e aromas diferenciados.
O lúpulo pode ser uma nova fonte de recursos para a agricultura brasileira, com um crescimento anual de mais de 100% da área plantada. Hoje, ele corresponde a menos de 1% do lúpulo utilizado pelas cervejarias, tendo um mercado enorme a ser conquistado nos próximos anos.
Serviço ________________
Confece 16 anos
Festa open bar e open food
Data: 1º de abril, sábado
Horário: das 15h às 22h
Local: Espaço Província, no Jd. Canadá
Mais informações: Instagram da Confece
Fonte: Bicalho Comunicação
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