sexta-feira, 24 de março de 2023

Maria Manuel Maia: a mulher que representa a quarta geração da vinícola portuguesa Poças e que acredita na gestão com recursos naturais

 

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Em homenagem ao Mês da Mulher, a Cantu, maior importadora de vinhos do Brasil, escolheu cinco nomes femininos, entre tantos outros, que se destacam no mundo do vinho em seu portfólio. As homenagens estão sendo feitas ao longo do mês de março e o quarto nome da série é Maria Manuel Maia, portuguesa que acredita e defende a singularidade dos vinhos do Douro e garante uma gestão do sistema agrícola de produção baseado em boas práticas com respeito pela natureza.

Maria Manuel Maia representa a quarta geração familiar de Poças, em Portugal, que tem mais de 100 anos de história no mundo do vinho. É uma das raras empresas de Vinho do Porto que nasceu portuguesa e que continua pertencendo à mesma família que deu origem, incluindo o nome da vinícola. O contato com o vinho para Maria Manuel Maia foi desde cedo, quando as conversas familiares eram sempre em volta do tema e as idas ao Douro eram frequentes em sua infância.

Licenciada em Engenharia Agrícola pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com Pós Graduação em Enologia, pela Universidade Católica Portuguesa. Ela é responsável por Poças desde 2005, gerindo três propriedades grandes da família, resultando hoje na Administração total de Poças, desde 2020 ao lado de seus primos Pedro Pintão e Paulo Pintão. “Foi um desafio que aceitei quando terminei a minha licenciatura. A vontade de dar continuidade a um projeto que foi iniciado pelo meu bisavô e contribuir para o crescimento da empresa me fez aceitar o convite”, conta Maria.

Atualmente, a vinícola Poças tem três propriedades, com uma área total de 100 hectares (76 hectares de vinhas em produção), cada uma localizada numa zona diferente da Região Demarcada do Douro: a Quinta das Quartas, que integra o centro de vinificação por onde todos os vinhos passam (Baixo Corgo), a Quinta de Santa Bárbara, com as estimadas Vinhas Velhas (Cima Corgo) e a Quinta de Vale de Cavalos, junto à Ribeira de Teja e com a altitude e solo de xisto e granito que a caracterizam (Douro Superior).

O que fez Maria Manuel Maia ganhar destaque no mundo do vinho foi seu respeito total pela natureza, apostando na gestão dos recursos naturais e nos mecanismos de regulação natural, tais como instalação de sebes, uma linha de árvores e arbustos, plantados para formar uma barreira ou marcar a delimitação de uma área, entre propriedades vizinhas onde crescem. Isso permitiu com que a manutenção fosse controlada com as plantas com essa agricultura sustentável. Os vinhos de Poças de Numão e de Everdosa do Douro estão devidamente certificados para o modo de produção integrada desde 2013.

“Cada blend é um enigma” é a frase que afirma todo o trabalho de Maria Manuel Maia e pensamento de Poças. Respeitando as condições climáticas, o vinho é feito com a casta favorável naquela estação, mesmo que uma garrafa seja feita somente de uma casta. E isso permite com que sejam produzidos vinhos surpreendentes com ótimas maturações. 

“Como no mundo todo, no Douro enfrentamos as alterações climáticas, por isso uma das minhas grandes preocupações é procurar tecnologia e métodos  para que os nossos vinhos se tornem mais resistentes às mudanças que já ocorrem”, completa Maria Manuel.

Maria Manuel Maia conseguiu com seu olhar antenado para o futuro, aliando o conhecimento de ancião centenário à força e audácia que corre na geração mais jovem, manter a qualidade inigualável terroir do Douro, e ser resiliente ao mundo do vinho com tantos homens.

Fonte: https://www.linkedin.com/company/hercogcomunicacao

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